Mutirão: Não é sobre o que foi feito, mas sobre o significado de participar

Às 8h da manhã do dia 23 de fevereiro, já havia árvores sendo podadas. Antes das 10h, já com sol escaldante, uma turma silenciosa e determinada já manipulava baldes de tinta branca, broxas, enxadas, vassouras e pás. Era o fechamento da Recepção aos Ingressantes 2019, com o primeiro Mutirão Quem ama Cuida.

Ideia antiga da presidente da Comissão de Recepção aos Ingressantes, professora Mayra, foi colocada em prática. Foram convidados calouros, veteranos, pós-graduandos, docentes e funcionários para que, como declaração de amor à Faculdade, se reunissem com um objetivo simples, mas de grande importância simbólica: integração e contribuição para deixar o ambiente ainda melhor.

Logo pela manhã, coube ao Becker da Visilância avisar aos que adentravam o estacionamento para que os carros fossem estacionados com 50 cm de distância da guia, que seria pintada. Estava ocorrendo o Curso Oncologia em Felinos, com aproximadamente 50 participantes. Nenhum carro ficou próximo à guia! O dia começou bem.

Às 8 horas, o diretor  Visintin já liderava o Gedeon e o José,  funcionários da Prefeitura do Campus,  na poda de árvores por todo o complexo da FMVZ. O jardineiro Rogério e o Becker  retiravam os galhos podados para que na segunda, os carros pudessem estacionar.

No estacionamento, o Airton, também funcionário  da Prefeitura, coordenava o pequeno batalhão de “aprendizes de pintor” e o Odilon, chefe da Manutenção, distribuía as ferramentas que seriam utilizadas. Foram retiradas terra e folhas secas das guias e próximo a elas, de todo o estacionamento de frente ao prédio administrativo. Enquanto alguns removiam os detritos, outros os recolhiam em carroças, outros pintavam as guias de branco. Alguns tinham destreza e rapidez na manipulação dos equipamentos, outros nem tanto. Alguns estavam preparados com chapéus para aguentar a permanência sob o sol forte e luvas para proteção das mãos na manipulação das ferramentas, mas ninguém ficou parado.

Houve quem mesmo doente, se mantivesse à distância e à sombra, com ansiedade e frustração por não poder participar. De longe e, para quem conhece, foi possível imaginar uma cena genuína do trabalho na lavoura, o que despertou saudade em alguns.

Um esforço conjunto, providenciou água gelada para os participantes e, ao final, por volta de 12 horas, com sol a pino, o Marcos, do Buffet Juliana, que servia “comes e bebes” no curso em andamento, presenteou a equipe de “trabalhadores” com salgadinhos e suco de laranja gelado, distribuídos por dois de seus funcionários e pelo Nivaldo. Um carinho que sensibilizou a todos.

Rogério, Marcílio, Visintin, Jairo, Gláucio, Joana, Daniel, Odilon, Becker,  Nivaldo, Alexandre, Ivete, Camila, Evelise, veteranos e ingressantes; um mutirão de cidadãos. Sábado, proximidade com o Carnaval, ao final de um período de seis dias muito intensos para muitos.

Eles não se importaram, afinal não é sobre o que foi feito, mas sobre a importância de participar.

Quando será o próximo?

Confira as fotos do mutirão aqui.