Pesquisa da USP sobre diagnóstico da covid-19 tem participação da FMVZ USP

Por  Podcast  \  Momento Tecnologia – USP  \  Momento Tecnologia #31:
 

Saiba como a USP tem desenvolvido testes para a covid-19

Além do teste recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), chamado de RT-PCR, pesquisadores se mobilizam para desenvolver alternativas rápidas e eficientes que agilizem o diagnóstico do novo coronavírus

Desde o início da pandemia, pesquisadores da USP se mobilizaram para estudar e desenvolver testes para diagnóstico da covid-19, em um projeto de integração entre departamentos e laboratórios da Universidade. Neste episódio do podcast Momento Tecnologia, conversamos com dois professores envolvidos nesse processo para entender melhor como os testes funcionam.

O Ministério da Saúde indica que o RT-PCR em tempo real seja o teste mais confiável. Para diminuir as chances de diagnóstico de falso negativo recomenda-se que ele seja aplicado em pacientes sintomáticos na fase aguda da doença, e que a coleta seja realizada entre o terceiro e o sétimo dia de sintomas, quando a carga viral é maior.

Na USP, pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) e também do Projeto Genoma do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências (IB) passaram a contribuir desenvolvendo testes e recursos para o controle da covid-19. Apesar do foco no desenvolvimento do tipo RT-PCR, os cientistas têm buscado desenvolver alternativas mais baratas e rápidas para a testagem.

No Projeto Genoma, o foco tem sido desenvolver testes moleculares em formato RTLan, que difere do teste RT-PCR, por não depender de equipamentos sofisticados. A professora Maria Rita Passos, do IB, ressalta que o custo do teste é bem menor, e “ainda é possível pular uma etapa que se refere à extração de RNA do vírus a partir da amostra coletada com o swab do tecido da faringe. Pular essa etapa é ganhar tempo e recursos. Também estamos tentando fazer o teste em amostras de saliva, o que vai facilitar a coleta de material de pacientes infectados, pois viabiliza a autocoleta e reduz muito o risco de contaminação”.

A importância desses estudos, segundo o pesquisador Paulo Eduardo Brandão, da FMVZ, é entender esse meio biológico como forma de mostrar “os caminhos para a vacinação ou os antivirais, por exemplo, ou de como o vírus causa a doença”. Além disso, os esforços no desenvolvimento dos testes rápidos se dão porque “além da velocidade de execução, eles têm uma logística de distribuição muito mais simples que o RT-PCR”. Isso pode agilizar a identificação do vírus e o tratamento necessário para o paciente.

Saiba mais ouvindo o episódio na íntegra:

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